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quarta-feira, 28 de setembro de 2011



Sinopse

Fred Tate é um menino de sete anos de idade com talentos precoces para várias áreas intelectuais, como matemática e artes. Com um ano de idade já conseguia ler e, aos sete, toca piano e cria complexos desenhos, entre outras habilidades. Ele tem consciência de seus talentos e uma noção das responsabilidades que os mesmos trazem. Dede Tate, mãe de Fred, garçonete de um restaurante chinês, é superprotetora e tenta zelar para que Fred tenha uma vida normal. Essa preocupação se baseia na ciência de que os talentos de Fred o tornam diferente das pessoas normais e podem vir a ser causa de distúrbios psicossociais. Mas Dede reluta em aceitar que Fred não pode se desenvolver satisfatoriamente com uma educação normal.

Resumo (spoiler)

A escola normal não oferece recursos que satisfaçam ansiedades de pessoas como Fred. Além disso, Fred é um menino de pouca interação social em sua turma escolar. Não por opção própria. Nessa fase, as crianças ainda não sabem lidar muito bem com algumas diferenças, como as que existem entre Fred e os colegas. O isolamento de Fred é uma consequência desse problema. Por isso, apesar de seus talentos, ele vive em conflito por não conseguir atender suas necessidades: a interação social e o seu desenvolvimento intectual. A interação social é limitada por não conseguir “sufocar” os seus talentos e se manifestar normalmente, sem que alguém sinta-se inferiorizado ou o admire como aberração. O desenvolvimento dos seus talentos é limitado pela falta de incentivo e motivação, tanto no contexto familiar quanto no escolar.
Jane Grierson, outrora uma criança prodígio, do Instituto Grierson para crianças talentosas, conhece o caso de Fred e, temendo pela subutilização dos seus talentos, decide tentar ajudá-lo. Como normalmente ocorre, os elementos de um grupo se relacionam por identificação. Fred se identifica com Jane e passa a se apropriar dos ideais dela. Ele também se deixa enlevar pela possibilidade de conseguir uma convivência social com pessoas similares e sair do isolamento. Depois de muito hesitar, Dede concorda em liberar Fred para participar de uma olimpíada mental sob a proteção de Jane.
Durante o convívio com Fred, Jane aproveita a oportunidade para colocar em prática seus instintos maternais repreendidos pelos compromissos assumidos em função dos seus talentos intelectuais. Por vezes Jane fracassa em executar tarefas rotineiras de uma mãe comum. Isso exemplifica o fato de que pessoas superdotadas não são infalíveis em contextos comuns. Seu desempenho depende de como investem sua energia para se desenvolver nas áres de seu interesse. Um virtuoso da arte pode ter dificuldade para resolver uma equação numérica simples. Um gênio da estatística pode ter dificuldade para aprender a tocar “Parábens pra Você” ao piano. Enfim, um superdotado está sujeito a errar como qualquer pessoa.
Por sua vez, Fred, em um novo mundo, aos poucos vai percebendo que as suas ansiedades não seriam atendidas plenamente naquela situação. Vaidades e ambições convivem com intelectos “superiores”, muitas vezes traduzidas em ameaças, menosprezo e humilhações. Fred passa por essas situações e sente a desilusão. Nessas horas, como qualquer pessoa, ele se lembra da sua mãe, aquela que realmente se preocupa com o limitado, tímido e solitário menino que é. No momento de maior carência, Fred reavalia a sua situação e decide voltar ao convívio da mãe.
Há casos relacionados à cognição em que o isolamento é necessário. Mas são exceções. O educador deve ter em mente que devem ser tentados todos os métodos possíveis para que as diferenças de capacidades intelectuais, sejam elas super ou subdotadas, possam se desenvolver dentro da mais normal situação possível, que o ideal é combinar métodos especiais para crianças especiais com o convívio normal em sociedade. No final, o filme mostra que todos estavam equivocados sobre o que era melhor para Fred. A mãe, superprotetora, não reconhecia as “supernecessidades” dele. Jane, até que se preocupava com a questão psicosssocial, mas a obscessão com o sucesso intelectual de Fred subjugava aquela preocupação. E o próprio Fred se iludiu com as mudanças oferecidas por Jane.

Opinião

Qualquer pessoa que se interessa por esse tema se identificará com alguma dessas personagens, e considero o filme uma oportunidade para refletirmos sobre o tratamento das pessoas ante as diferenças individuais.


Fonte: http://pt.shvoong.com/entertainment/movies/2115150-mentes-que-brilham-little-man/#ixzz1ZLYkZYWM

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